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PALESTRA COM DEFENSOR PÚBLICO FINALIZA AS ATIVIDADES DO PROJETO DE EXTENSÃO “LADO-LADO: TECENDO OS CAMINHOS EM BUSCA DOS DIREITOS SOCIAIS EM PRIMAVERA DO LESTE”

Publicado por: Campus Primavera do Leste / 5 de Janeiro de 2016 às 10:14

A última atividade prevista do projeto de extensão “Lado a Lado” ocorreu nesta última quarta-feira, dia 16. A palestra sobre o papel da Defensoria Pública foi ministrada por Nelson Gonçalves de Souza Júnior, um dos defensores públicos em Primavera do Leste. O objetivo principal do evento foi levar informações aos moradores da BR – 070 em relação à garantia de seus direitos. Uma outra capacitação foi realizada quinta-feira dia 03 de novembro, quando moradores da BR foram ao campus do IFMT tomar conhecimento de direitos relacionados à moradia e às casas previstas para implantação no Residencial Guterres, no Tuiuiu.

O projeto foi aprovado pelo edital PROEX 55/2015 e desenvolvido pela assistente social Tatiane Furyama Mota e mestranda em Política Social na UFMT e pela professora de Geografia Lívia Fioravanti, doutoranda em Geografia Humana pela USP. A meta essencial do projeto foi favorecer a troca de conhecimentos entre profissionais e moradores de áreas de vulnerabilidade social, particularmente nas áreas próximas do campus do IFMT e às margens da BR – 070. “Muitas famílias enfrentam dificuldades básicas para a garantia de seus direitos. Por isso, procuramos divulgar e dar visibilidade a seus problemas”, relatou Tatiane Furyama.

No decorrer do projeto, foram realizadas entrevistas e obtenção de dados tanto em instituições públicas (como a Secretaria de Assistência Social) quanto em inúmeras conversas com os moradores que atualmente estão nas áreas lindeiras à BR. Houve ainda uma “Ação Solidária” para arrecadação de roupas e alimentos e a publicação, no Jornal “O Diário”, de um carta aberta, escrita a partir dos anseios de um grupo de moradores.

Ambas as extensionistas afirmaram que aprenderam muito com o projeto e que conheceram uma realidade até então desconhecida. Lembram, contudo, a limitação do papel do pesquisador e das atividades de extensão. “Nós conseguimos levar informação para as pessoas e dar voz a seus problemas, mas é preciso que todos, das mais diversas instâncias sociais, realizem ações para fornecer condições dignas a essas famílias”, salientou Lívia. A professora destaca que o contato com os moradores continuará mesmo após o fim da vigência do projeto. “É crucial que desenvolvamos projetos de pesquisa e de extensão que apresentem uma preocupação social, mostrando que estamos em uma cidade muito rica mas também muito segregada e com pessoas em situação de extrema pobreza”.

Ao longo dos trabalhos de campos e entrevistas, a equipe do projeto descobriu uma realidade distinta em cada um dos lados da BR – 070 e nas proximidades do campus. Ao norte da rodovia, estão famílias que chegaram há mais tempo e em situação menos precária do que a dos moradores do lado sul, cujas casas são mais recentes e expostas a um perigo constante devido à proximidade maior da BR. Algumas dessas famílias foram pré-selecionadas para o programa habitacional Minha Casa Minha Vida, no residencial Guterres. Mas, para outras, não há, por enquanto, um destino concreto e que assegure um dos direitos mais básicos de qualquer cidadão: o direito à moradia. 

As pesquisadores do projeto de extensão também destacam o desempenho da bolsista Agatha Gabrielly Bartolomeu Xavier, que acompanhou o ritmo intenso das reuniões e saídas para os trabalhos de campo. Aproveitam a oportunidade também para agradecer o estudante Samuel Henrique Bezerra Leandro, que desenvolveu atividades voluntárias em alguns dos encontros e trabalhos de campo. Segundo relatou a bolsista: “Eu amei o projeto por ter conhecido a realidade dos moradores da BR e ajudá-los como podemos. Me ajudou a desconstruir o pensamento que é comum às pessoas e construir um novo pensamento, e um olhar diferente para as situações que acontecem. A pesquisa da realidade tão próxima do Instituto e o estudar além dos muros dá uma riqueza de conhecimento ampla.  Outros alunos também deveriam conhecer a historia das pessoas e o motivo delas estarem vivendo o que estão. Mesmo que as pessoas achem algo inexistente, existem sim muitas pessoas sem informações, e por isto não sabem como agir quando os direitos desta não são efetivos”.

Tatiane Furyama e Lívia Fioravanti agradecem a participação de todos: aos moradores da BR – 070, que concederam entrevistas e mostraram a realidade em que vivem; aos representes do poder público, que forneceram informações importantes; aos palestrantes e a todos aqueles que estiveram presentes nas capacitações.

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