Inaugurando as atividades na Reitoria, a comissão de coordenação geral do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro, Indígena e de Fonteira - Maria Dimpina Lobo Duarte, (NEABI/NUMDI), sob a coordenação da reitora substituta Gláucia Barros, reuniu-se nesta terça-feira (9), para debater e planejar as frentes de trabalho para 2018. Entre as ações estão a realização do I Encontro do NUMDI, previsto para acontecer no período de 14 a 16 setembro, além da reelaboração do regimento e do mapeamento dos estudiosos das temáticas dentro e fora do instituto para que possam integrar o núcleo.
“A reunião buscou explicitar a importância do NUMDI, seu alcance, demandas e instrumento para integrar e fortalecer o ensino, a pesquisa e a extensão no instituto. A Reitoria entende que precisamos trabalhar políticas para o IFMT. Trazer o Numdi reafirma nosso compromisso com as políticas afirmativas. A comissão que fará o novo regulamento, a linha de pesquisa, os grupos de pesquisadores são pessoas profundamente envolvidas com os estudos afro-brasileiros, indígenas e de fronteira”, destacou Gláucia Barros.
Após a transferência de sede de Pontes e Lacerda para a Reitoria, em novembro de 2017, foi criada a comissão de coordenação geral, presidida pelo reitor, Willian Silva de Paula, e formada pela reitora substituta, Gláucia Barros, pelo professor Carlos Câmara, da Pró-Reitoria de Ensino (Proen), professor Túlio Figueiredo, da Pró-Reitoria de Administração (Proad), e pelas professoras Marilane Alves da Costa, diretora de ensino superior e Maristela Guimarães, ouvidora e pesquisadora, sendo estas as responsáveis por reelaborar o regimento a partir de dez de janeiro. Também será criado um e-mail – numdi@ifmt.edu.br, canal oficial de comunicação.
A professora Maristela explica que será elaborado um mapeamento dos estudiosos dos temas que compõem o NUMDI, tanto servidores técnicos como docentes. A partir desse levantamento, será feita uma análise dos trabalhos e das temáticas, e os servidores poderão atuar como copartícipes. Membros da comunidade externa também poderão compor o núcleo caso haja consonância entre os trabalhos que esses grupos e entidades desenvolvem e a proposta do núcleo.
“Pretendemos incluir nos estudos a participação da comunidade externa. Quando falo estudo não me refiro exclusivamente à pesquisa, mas também e, principalmente, a todas as pessoas que trabalham com as comunidades afro-brasileiras, indígenas e de fronteira, estejam elas na academia ou não”, observa Maristela.
I Encontro do NUMDI - Em relação ao encontro o objetivo é integrar os Neabis da rede federal de ensino, por isso membros dos núcleos dos IFs serão convidados a participar. Uma das discussões será sobre oficinas de Cinema Negro e Indígena como instrumento para o ensino aprendizagem. “Convidaremos o Cefet-RJ, primeiro parceiro, desde 2011, o NEGRA, da Unemat e o NEPRE, da UFMT, pela atuação conjunta dessas instituições e Naebis com o IFMT”, planeja Maristela.
“Já estamos conversando com vários estudiosos para que possamos fazer com que o NUMDI seja um instrumento que proporcione a inclusão social e para que o instituto tenha êxito nessa tarefa de chegar às comunidades mais distantes, excluídas integrando-as à vida em sociedade e ao mundo do trabalho. Ampliaremos o campo de ação indo ao encontro das pessoas. Esse é o desafio, o caminho que vamos percorrer”, enfatizou Gláucia.
Entre os NEABs existentes no país o Maria Dimpina é o único com o olhar voltado às populações de fronteira. “Somos o único NEABI com esse foco presente em dois campi fronteiriços, Pontes e Lacerda, que já recebe o nome de ‘Fronteira Oeste’ e Cáceres, onde estudam alunos bolivianos. Temos uma sólida parceria com o Consulado da Bolívia. Em 2017 um aluno do Campus Cáceres recebeu uma bolsa para cursar medicina naquele país. Isso demonstra que o caminho de ampliar parcerias não tem volta e está sendo construído numa via de mão dupla”, avaliou.
A próxima reunião da comissão será no dia 06 de fevereiro. Na pauta a apresentação do novo regimento para apreciação e o relato das atividades já desenvolvidas.