Neste 10 de abril é comemorado o Dia da Engenharia, uma data que homenageia os profissionais responsáveis por idealizar, projetar e construir soluções que impulsionam o desenvolvimento do país. A escolha da data faz referência à criação do Instituto Militar de Engenharia (IME), uma das mais antigas instituições de ensino da área no Brasil, fundada em 1792.
No Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), a Engenharia é uma das bases educacionais, com a missão de formar profissionais para os setores produtivos, especialmente nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Atualmente, o IFMT oferta 14 cursos na área de Engenharia, distribuídos em nove municípios. Na capital, Cuiabá, os campi Octayde Jorge da Silva e Bela Vista oferecem os cursos de Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Elétrica e Engenharia de Alimentos.
No interior do estado, o curso de Engenharia Agronômica é destaque em diversos campi, como Campo Novo do Parecis, Confresa, Juína, São Vicente e Sorriso. Já o Campus Primavera do Leste oferece Engenharia de Automação; Pontes e Lacerda conta com Engenharia Elétrica, enquanto o Campus Cáceres é o único da rede em Mato Grosso a ofertar o curso de Engenharia Florestal.
A oferta desses cursos no IFMT reflete a atenção às demandas do mercado de trabalho, onde a taxa de empregabilidade na área de engenharia é uma das mais altas. Assim, o Instituto contribui diretamente para suprir a necessidade de mão de obra qualificada em setores-chave da economia regional e nacional.
Um exemplo prático da empregabilidade na área, vem do Campus Octayde Jorge da Silva, em Cuiabá, que em maio realizará a colação de grau da primeira turma de Engenharia Elétrica. E degundo o coordenador do curso, professor e mestre em Engenharia Elétrica Ruan Silva, todos os formandos já estão inseridos no mercado de trabalho, o que comprova a demanda existente por esses profissionais.
“Os cursos de engenharia do IFMT têm um papel essencial na sociedade, especialmente por atenderem um público que, muitas vezes, não encontra espaço nas universidades tradicionais — como trabalhadores que buscam requalificação profissional. Isso é possível graças à oferta noturna dos cursos, que se adaptam à rotina de quem já está no mercado. E nossa primeira turma de Engenharia Elétrica está se formando e todos os estudantes já estão empregados”, disse Silva.
Ainda segundo o professor, um dos diferenciais do IFMT é o modelo de formação verticalizada, que oferece uma trajetória educacional contínua desde o ensino técnico até a graduação. E isso incentiva, que mais jovens optem pela carreira na área.
“A verticalização permite que o estudante inicie sua jornada no ensino técnico e avance até o ensino superior dentro da mesma instituição. Isso fortalece a formação, já que os estudantes convivem em ambientes integrados de ensino, pesquisa e extensão. Com a implantação dos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia Civil, conseguimos fechar esse ciclo formativo, contribuindo também com a qualificação dos alunos dos cursos técnicos integrados”.
A estudante de Engenharia Elétrica do IFMT, Mara Angélica Menin, destacou a contribuição que a Instituição teve em sua formação e como a preparou para sua carreira, "O IFMT teve grande importância na minha vida acadêmica e profissional, onde tive a oportunidade de adquirir experiência que é muito solicitada no mercado de trabalho, onde hoje estou trabalhando em uma empresa de engenharia que presta serviço para o próprio instituto e outros órgãos públicos. O mercado de trabalho hoje é muito concorrido e exige profissionais qualificados".
No dia a dia, o trabalho dos engenheiros impacta a vida de toda a população — muitas vezes de forma silenciosa, mas absolutamente essencial. A engenharia está presente desde o momento em que acordamos até a hora de dormir: nas estruturas das cidades, na energia, na conectividade, na alimentação, na agricultura, na inovação, na saúde, na sustentabilidade e no meio ambiente.
Segundo pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), 81% da população afirmam perceber o impacto da engenharia em seu cotidiano — um dado que reforça a relevância dessa profissão.
Com a formação de novas turmas, a ampliação dos cursos e o compromisso com a verticalização do ensino, o IFMT reafirma seu papel estratégico na formação de engenheiros que atuam com excelência, responsabilidade social e compromisso com o desenvolvimento sustentável. Celebrar o Dia da Engenharia é também reconhecer o impacto transformador da educação pública e gratuita na vida das pessoas e na construção de um futuro mais inovador e inclusivo para o país.
Estudante de Engenharia Elétrica do Campus Cuiabá é a primeira mulher do curso a defender TCC
A trajetória de quatro anos no curso de Engenharia Elétrica do IFMT ganhou outras dimensões quando a estudante Mara Angélica Menin iniciou o período de estágio no prédio centenário do Campus Octayde e, posteriormente, atuou como colaboradora, até o fim da graduação. A apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso no dia 20 de fevereiro agora representa uma data marcante para o campus: ela foi a primeira mulher a finalizar o curso de Engenharia Elétrica, em funcionamento desde 2020.
“Estudar e trabalhar no Campus Octayde foi uma das experiências mais marcantes da minha vida. Essa vivência foi enriquecedora, proporcionando um grande aprendizado. Ter a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula no próprio ambiente acadêmico foi uma experiência única, que contribuiu significativamente para minha formação profissional.”
Mara Angélica explica que o trabalho apresenta a importância da manutenção elétrica preventiva para garantir segurança, durabilidade e funcionalidade das instalações. “Como parte do estudo, foi elaborado um plano de manutenção específico para o Bloco B, que tem a maior concentração das salas de aula do Campus. Esse prédio se destaca por ser o mais antigo do IFMT - Campus Cuiabá, o que exige um cuidado mais rigoroso para sua preservação. Suas instalações elétricas são aparentes, e grande parte da estrutura passou por readequações ao longo do tempo, o que reforça a necessidade de um planejamento para manter sua segurança e desempenho”, disse.
A futura engenheira pretende continuar os estudos para aprimorar sua atuação na área e está ansiosa pelos novos desafios. “Ser a primeira mulher a defender o TCC de Engenharia Elétrica do Campus Octayde é um marco muito importante e de grande responsabilidade. Espero que minha trajetória mostre que a Engenharia é um campo aberto para todos que têm interesse e disposição para aprender.”
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Texto:
Rafaela Souza - Reitoria e Lais Costa - Campus Cuiabá/Octayde Jorge da Silva.