Em visita à Embaixada do Brasil na Noruega, nesta sexta-feira (10), o reitor do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Julio César dos Santos apresentou ao Embaixador Enio Cordeiro, um amplo projeto de reflorestamento das nascentes degradadas dos rios formadores e constituidores do Pantanal, envolvendo os Institutos Federais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e o Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal da Universidade Federal de Mato Grosso (INPP/IFMT).
O reitor estava acompanhado pelo Senador da República Wellington Fagundes, pelo Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Prof. Allan Kardec, pelo diretor da Fundação Uniselva, Joanis Tilemahos Zervoudakis, além dos Diretores-gerais dos 19 campi, Pró-reitores e servidores em funções de gerência e assessoramento da instituição.
O IFMT está buscando financiamento de aproximadamente 15 milhões de euros (o equivalente a 75 milhões de reais), provenientes do Fundo Amazônia. A expectativa, segundo o reitor, é conseguir o apoio da Noruega, país que investe significativamente em iniciativas de preservação ambiental, para a viabilização desse projeto através do Fundo Amazônia, que reserva 20% de recursos para investimentos em projetos em outros biomas.
O projeto envolverá os campi Cuiabá – Octayde Jorge da Silva e Cuiabá - Bela Vista. “O objetivo do Instituto Federal é fazer o reflorestamento das nascentes degradadas formadoras e constituidoras do Pantanal e da Bacia do Paraguai. A ideia é que o IFMT faça o georreferenciamento dessas áreas, a coleta de sementes e, em parceria com as comunidades, produza em torno de quinze milhões de mudas e realize o plantio nessas áreas nas margens do Paraguai e de seus afluentes degradados,” detalhou o reitor.
Ministro Conselheiro da Embaixada do Brasil na Noruega, Paulo Guimarães, Senador Wellington Fagundes, Conselheira Sênior do Ministério do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Lívia Costa Kramer, Embaixador Enio Cordeiro e Reitor do IFMT, Julio Santos.
INPP e investimentos em pesquisa nos três biomas de Mato Grosso
O diretor da Fundação Uniselva, Joanis Tilemahos Zervoudakis, explicou brevemente o trabalho do INPP, uma rede nacional de pesquisa que envolve temas como a preservação de nascentes de rios, reflorestamento, pecuária sustentável englobando pesquisadores de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Brasil.
Criado em 2014, o INPP começou a funcionar efetivamente com estrutura própria no campus de Cuiabá da UFMT, após um decreto editado em novembro de 2022, que regulamentou cargos e funções no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A Subcomissão Permanente de Proteção ao Pantanal, presidida pelo senador Wellington Fagundes, promoveu debates que auxiliaram na criação da estrutura para o suporte ao INPP.
Outros assuntos, como as queimadas no Pantanal, o potencial econômico de Mato Grosso, a parceria do IFMT com o governo do Estado de Mato Grosso, com a UFMT, a criação do Centro Tecnológico Desenvolvimento de Softwares e Robótica Aplicada e investimentos em pesquisa nos três biomas de Mato Grosso também foram abordados durante a visita.